Os pais de Lucas têm uma loja de produtos naturais na cidade de Beveren (Bélgica). Defensores ferrenhos deste tipo de alimentação, eles diagnosticaram erroneamente o filho com intolerância à lactose e doença celíaca. Assim, os pais da criança eliminaram o glúten e produtos lácteos de sua dieta, oferecendo leite de quinoa no lugar.
Mas essas mudanças alimentares condenaram o filho do casal. Apesar dele chorar de fome frequentemente, os pais não o levavam ao médico. Por fim, o garoto não tinha mais forças e havia perdido toda a gordura corporal. O único momento no qual ele teve contato com o médico foi durante a autópsia. E o resultado da autópsia não deixava dúvidas: a criança havia morrido de fome.
O julgamento do casal já está em curso e uma sentença será dada em 14 de junho. No processo, a acusação alega que os pais envenenaram a criança ao oferecer uma alimentação incorreta e privá-la do necessário para que ela se desenvolvesse.
O julgamento também tornou público alguns detalhes escabrosos. Os pais, por exemplo, preferiram levar seu filho a um médico naturopata em vez de levá-lo emergencialmente para um hospital mais próximo.
Os pais pareciam muito tristes durante o julgamento, mas garantiram que não levaram Lucas ao médico porque acreditavam que não havia nada de errado. “Algumas vezes, ele ganhava peso. Em outras, ele perdia”, disse a mãe numa declaração para o jornalMetro.
O advogado negou que a dieta oferecida pelos pais era ruim, pois incluía produtos como aveia, arroz, trigo sarraceno, quinoa e semolina. Todos vendidos na loja da família, que opera legalmente no mercado.
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