sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Mãe perde a filha porque cometeu um erro no Facebook. Confira o alerta feito pelo soldado Garcia da PM de Braço do Norte

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

“Fresca, garota brasileira. Menos de 6 anos. Apenas US$5.000”!

A internet é perfeita para anunciar aos quatro ventos (em fotos e vídeos). É difícil resistir à tentação de usar a rede para compartilhar o dia a dia dos pequenos. Mas há pais que ignoram as consequências da exposição virtual.
Muitas vezes pessoas desconhecidas nos enviam solicitações de amizade. Na correria do dia a dia, ou por achar que nos conhecem de alguma forma, enfim, não importa o motivo, acabamos adicionando a pessoa. A mesma passa a ficar por dentro de tudo que publicamos na “rede”. Essa decisão pode ter graves consequências!
Confira a história a seguir e, no fim do artigo, confira a opinião do soldado Gustavo Garcia Xavier, de 33 anos, lotado na Guarnição Especial da Polícia Militar de Braço do Norte e, da psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia e Informática (NPPI) da PUCSP, em relação aos perigos da internet para nossas crianças.
Histórias com valor
Um homem estranho enviou um pedido de amizade no Facebook. Não conheço ele, mas tem uma bonita foto de perfil, então você aceita.
Quem sabe, seu filho/a está indo para a escola pela primeira vez. Ele parece tão lindo, você todo orgulhoso (a), “tira” uma foto e posta no Facebook para todos os seus amigos e familiares. Na foto, o logotipo no uniforme revela o nome da escola. Alguns cliques e pronto, o momento está registrado. O que você não percebe é que as consequências podem ser terríveis.
Aquele estranho (a) que você adicionou à lista de amigos, salvou a foto que você postou e a colocou em um catálogo online, que é enviado para centenas de homens pelo mundo afora. Embaixo, a propaganda:
Você acabou de dar a foto de sua menina (o) para um traficante, entregou-lhe o nome e a localização exata da escola numa bandeja.
O horror começa quando, algumas semanas mais tarde, você vai à escola buscar sua filha/sobrinha/neta. Você espera no portão, e nada. Você entra na escola, procura por toda parte, e não a encontra.
Poucos sabem, a menina (o) foi vendida para um pedófilo, e agora está a caminho de outro país com uma sacola sobre sua cabeça, confusa, com medo e a chorar com um homem que ela nunca tinha visto antes. Agora ela não sabe onde seus pais estão, para onde está indo, ou o que vai acontecer com ela.
Fique atento
“Então: Jamais adicione desconhecidos no facebook! É melhor ter um amigo a menos do que passar por esse pesadelo.
Pare de postar tudo sobre sua vida no facebook. Jamais aceite solicitações de amizade de pessoas desconhecidas. E o mais importante: não poste fotos de crianças! Elas muitas vezes acabam nas mãos erradas. Por favor, compartilhe em nome de todas as crianças”.
A internet é perfeita para anunciar aos quatro ventos (em fotos e vídeos) como o sorriso do bebê é lindo ou o quanto o seu filho é engraçado. Difícil resistir à tentação de usar a rede para compartilhar o dia a dia dos pequenos, especialmente quando ele é também grande parte da rotina da família. Mas há pais que ignoram as consequências da exposição virtual, que pede mais discrição do que os brasileiros vêm tendo. Os riscos são sujeitar as crianças a constrangimentos entre os amigos, seja agora ou futuramente, ou mesmo dar de bandeja informações sobre a rotina do seu filho a pessoas mal-intencionadas.
Estatísticas mostram que os pais brasileiros amam a internet. Segundo pesquisa de 2014 da AVG, empresa de segurança virtual, 81% dos pais ouvidos em dez países publicaram fotos dos filhos na internet. No Brasil, o porcentual sobe para 94%.
“Somos um país jovem que está se acostumando com a internet. Não temos discussões profundas sobre esse comportamento, até porque nossa banda de internet é limitada”, orienta as famílias, a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia e Informática (NPPI) da PUCSP, em entrevista ao site Gazeta do Povo. “Mas os riscos existem e o problema acaba sendo a inocência dos pais, principalmente em classes sociais em que faz falta uma educação virtual, que permita entender a amplitude das atitudes na internet”. Isso explica o porquê de pais postarem fotos em situações em que não exporiam a criança na rua – sem roupas ou doentes, por exemplo. Uma regra é nunca publicar conteúdo que você não gostaria que saísse do seu controle
Outra dica é filtrar as publicações para o menor público possível. Isso evita situações como a de uma mãe de duas crianças em Curitiba (que preferiu não se identificar). Mesmo preocupada com a privacidade dos filhos, ela teve que lidar com um parente que publicou uma foto sem autorização dela” finaliza a psicóloga. “Fiquei muito brava porque a foto foi copiada. Postava pouca coisa e não me incomodava, mas vou parar depois de ver a fragilidade da privacidade na internet”, diz a mãe. “Temos sequestros, pedofilia, piadinhas. Não me sinto confortável em tantas pessoas vendo esses conteúdos como se fosse uma ‘divulgação’ ”, completa.
Sempre atento
A redação do Portal CN, fez contato com o Soldado da Policia Militar, Gustavo Garcia Xavier, de 33 anos, que também é pai, para ouvir sua opinião dos perigos ligados a essa “era digital”.
“Quanto mais alertar a sociedade melhor, já que hoje muitas crianças acessam a internet e as redes sociais sem saber dos perigos, pois acham que tudo é brincadeira. Muitas pessoas maldosas se aproveitam dessa inocência para fazer maldades”, explica Garcia. “Como os pais hoje em dia tem uma vida muito corrida, acabam se descuidando e, ‘deixam’ as crianças com acesso livre a internet. Outra fragilidade são as redes sociais, como o facebook, pois, sabemos que as crianças adoram fazer amigos. Nessas horas pessoas mal-intencionadas podem se aproveitar disso. Nós como pais, precisamos estar sempre atentos e, ter mais atenção com as crianças, ‘passando’ mais tempo com elas”, finaliza o soldado.

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