quinta-feira, 8 de junho de 2017

Bastante ligado ao pai, Andreas von Richthofen quebrou o silêncio sobre crime apenas uma vez

quinta-feira, 8 de junho de 2017

O garoto tímido Andreas Albert von Richthofen, único irmão de Suzane von Richthofen, costumava acompanhar o pai Manfred von Richthofen, de quem era muito próximo, ao sítio da família, em São Roque, interior de São Paulo, onde cuidava de plantas e fazia objetos de marcenaria.
Outras diversões eram cuidar de um porquinho da índia de estimação e atirar com uma espingarda de chumbinho no quintal de casa.
Educado sob um padrão europeu, cursando os colégios Humboldt e Vértice, Andreas também estudava dois idiomas e, segundo empregados da família, era bastante próximo de Suzane.
Após o dia 31 de outubro de 2002, data do assassinato de seus pais, Andreas, então com 15 anos, passou a viver sob tutela do tio Miguel Abdalla e da avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, falecida quatro anos depois.
O rapaz cursou Farmácia e Bioquímica na Universidade de São Paulo entre 2005 e 2009 e ingressou no doutorado em Química Orgânica em 2010 na mesma universidade.
Quebrando o silêncio
Sempre distante da imprensa, Andreas quebrou o silêncio em 6 de março de 2015. Então com 27 anos, ele retornou uma ligação do repórter Sérgio Quintela, da Rádio Estadão, informando que falaria com ele, mas sem dar entrevista. Marcaram encontro numa lanchonete em São Paulo.
Segundo o repórter, Andreas chegou trajando bermuda e camiseta cor vinho, entregou a carta e em seguida quis ir embora sem dar entrevista. O repórter insistiu e o rapaz afirmou que queria sair do Brasil por causa do peso de seu sobrenome. Ele não permitiu que o repórter fizesse perguntas relacionadas ao crime e acrescentou que se sentia ferido toda vez que a imprensa divulgava assuntos relacionados ao tema.
Na carta entregue ao repórter, Andreas pedia que o promotor Nadir de Campos Junior parasse de fazer afirmações que acusava Manfred von Richthofen de possuir contas no exterior com dinheiro desviado das obras do trecho oeste do Rodoanel, administradas pelo Dersa, empresa estatal na qual trabalhava como engenheiro.
Menos de um mês depois da divulgação da carta, a Justiça decidiu excluir Suzane da herança dos pais, avaliada na época em R$ 10 milhões. Um ano antes, Suzane já havia declarado que decidira abrir mão dos bens.





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