sábado, 11 de fevereiro de 2017

Criticada por apropriação cultural ao usar turbante, jovem com câncer rebate: ‘Uso o que quero’

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Nos últimos dias, a discussão sobre apropriação cultural ganhou um episódio importante para reflexão. Thauane Cordeiro relatou, em seu perfil no Facebook, que estava na estação de metrô quando foi interpelada por uma mulher, que criticou o fato da jovem usar um turbante. Thuane contou que a mulher a criticou por apropriação cultural já que, por ser branca, estaria usando indevidamente um acessório identificado com a cultura negra.
A polêmica fica maior quando se sabe o motivo por que a jovem usa o acessório: em tratamento contra um câncer descoberto há cinco meses, Thuane tem usado panos. Segundo ela, acessórios para a cabeça a ajudam a se sentir mais bonita. Naquele dia, especialmente, ela descreveu seu estado de espírito: “Eu estava na estação com o turbante toda linda, me sentindo diva”.
Thuane também descreveu como reagiu ao comentário da mulher. “Tirei o turbante e falei "tá vendo essa careca, isso se chama câncer, então eu uso o que eu quero! Adeus.", contou a jovem, que tem leucemia mielóide. Em seus posts, a jovem vem argumentando contra o preconceito de apropriação cultural, que acontece quando alguns elementos específicos de uma cultura são adotados por um grupo cultural diferente.
Veja o post completo do Thuane:

Criticada por usar turbante, jovem com câncer responde: ‘Uso o que quero’

Em outra publicação, Thuane pediu desculpas por usar o termo “negra mais branca” em seu post inicial, que tem mais de vinte mil compartilhamentos até a publicação desta matéria, e ainda pediu perdão a quem se sentiu ofendido.
Thuane também publicou um texto acompanhado de uma imagem em que, mais uma vez, aparece com o acessório. “O olhar triste de quem todo dia está se apropriando de uma cultura diferente, tudo com um pano na cabeça!”, postou.


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