É comum ouvirmos voluntariados relatarem que a gratidão recebida ao ajudar ao próximo é a melhor recompensa. Para Andréa Martins, uma costureira que vive em Curitiba, Paraná, o sentimento não é diferente. Ela contou, com exclusividade para o Razões, que a sensação de ver a felicidade das pessoas que ela ajuda é indescritível. Andréa distribui marmitas para os pacientes e seus parentes, no Hospital Pequeno Príncipe, na capital paranaense.
Tudo começou há cerca de um ano, quando Andréa estava em uma reunião em seu grupo de oração e foi proposto para que os integrantes pensassem em algo que pudesse ajudar ao próximo.
Ela então teve a ideia de cozinhar e distribuir comida em um hospital. Andréa então chamou uma vizinha e juntas cozinharam 20 marmitas.
“Quando distribuímos no hospital, elas acabaram como se fossem água!”, lembra Andréa.
A costureira lembra como se fosse hoje, quando um homem no hospital lhe abordou e disse:
“Olha, só por Deus mesmo a senhora apareceu! Hoje eu vim com o meu neto e não tinha um tostão pra comer! A senhora vai vir semana que vem novamente?”, perguntou.
E depois desse dia, Andréa nunca mais parou. Às vezes ela conta com a ajuda de algumas pessoas, mas na maioria das vezes, faz tudo sozinha. “Quando não consigo todo o dinheiro, eu mesma me viro para comprar as coisas”, explicou.
Como ela não dirige, também há voluntários que se dispõem a entregar as marmitas. São distribuídas cerca de 100 por semana.
As refeições nas marmitas são compostas por arroz, carne moída, verduras e macarrão. Ela são entregues no isopor, para que não esfriem. Também são levadas duas garrafas térmicas com suco, copos, talheres e guardanapos.
“A gente alcança muita gente que não possui condições de comprar comida. Eu estou acostumada a ouvir: ‘que bom que a senhora apareceu, porque se não fosse essa marmita, hoje eu não iria comer’!’”, conta.
Andréa também se preocupa com as pessoas que acabam passando muito tempo no hospital, onde apenas uma marmita não seria suficiente para a alimentação do dia todo, por isso ela também prepara alguns pacotes de bolacha sortidos para servirem de lanche.
“Esses dias conheci um menininho que fazia tratamento para o vitiligo, ele devia ter uns oito ou nove anos e estava acompanhado com a sua avó. Eles me chamaram a atenção porque dava para perceber que passavam fome. Dei dois pacotes de bolacha pra ele e para a sua avó, além das marmitas. Ele não conseguia parar de me abraçar e me beijar e falava: ‘tia, que Deus te abençoe muito!”
“Acho importante demonstrar um pouquinho mais de amor pelo próximo e se colocar mais no lugar do outro. Agradeço a Deus por conseguir fazer esse voluntariado e poder demonstrar esse amor ao próximo. Fazer esse trabalho é algo que eu não sei explicar, parece que o coração da gente vai abrir de tanto amor! É uma sensação indescritível!” completa a costureira, com um grande carinho na fala.
E você, já pensou que uma simples gentileza sua pode mudar a vida de outra pessoa?
Por mais pessoas como Andréa no mundo!
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