sábado, 6 de maio de 2017

Taxista conta como salvou estudante que estava desaparecida e evitou suicídio

sábado, 6 de maio de 2017

“Eu pressenti que ela queria fazer alguma coisa contra ela mesma. Ela me mandou ir embora, disse que queria ficar ali, mas eu voltei e quando voltei consegui evitar que ela pulasse do Portão do Inferno”. Essas palavras são de Rodrigo Flávio, 35 anos. Trabalhando há 15 anos como motorista de caminhão e há pouco mais de um ano como taxista, a data de 4 de maio de 2017 será marcada em sua vida como o dia em que ele impediu um suicídio.
Rodrigo é quem conseguiu evitar que Kedma Oliveira, 23 anos, estudante de arquitetura, pulasse do Portão do Inferno. Na terça-feira (3) ela deixou uma publicação, em seu Facebook, pedindo perdão aos pais por erros passados. Disse, ainda, que esta seria a última vez que eles chorariam por ela. A estudante também é mãe de uma bebê e pediu que a criança fosse cuidada pelos avós.
Falando em suicídio, a jovem sumiu de casa. Nesta quarta-feira (4) a polícia, os amigos e todos seus familiares começaram a procura pela jovem, que pouco depois das 14h entrou no táxi nº 062 da Rádio Táxi Bandeirantes.
“Foi coincidência. Eu estava abastecendo meu carro e fui surpreendido por um grito. Era um rapaz perguntando se eu estava de serviço. Eu respondi que sim e logo uma moça saiu do carro e disse que queria ir para Chapada”, relatou o motorista.
“Eu disse que a levaria e o preço seria R$ 300. Ela (Kedma) disse que estava caro, então eu disse que a levaria por R$ 250. Ela quis mais desconto e pediu para levá-la por R$ 200. Eu aceitei e logo fomos. Ela entrou em meu táxi por volta das 14h20h, na região da Estrada do Moinho”, detalhou Rodrigo.
Segundo o taxista, no caminho ela estava muito abalada. “Estava com cara de choro e bastante aflita. Mas não falou nada comigo. Chegando perto do Portão do Inferno ela inventou uma história de que os parentes dela estavam lá e por isso teria que descer. Eu insisti para não parar, mas, mesmo assim, ela disse que eles estavam lá e até mostrou um carro que estava parado. Ela dizia que os familiares dela estavam esperando por ela”.


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