quarta-feira, 3 de maio de 2017

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso falam pela primeira vez com detalhes sobre a adoção da filha Titi

quarta-feira, 3 de maio de 2017

O abrir daquela porta mudou minha vida. Chissomo, a minhaTiti, me recebeu com um sorriso e os bracinhos abertos e transformou para sempre os dias da família que se formou naquele momento”, diz a atriz Giovanna Ewbank, 30, que sempre cai em prantos ao lembrar do momento em que viu pela primeira vez a filha, hoje com 3 anos, durante visita a um abrigo de órfãos em Lilongwe, capital do Malawi, em 2015. Dona de uma beleza invejável e garota-propaganda de cinco campanhas concomitantes, Giovanna e seu marido, o galã Bruno Gagliasso, 35, não pensavam em ter filhos tão cedo. “Bruno sempre quis, mas a maternidade era algo distante para mim”, diz a atriz.
Os planos mudaram quando ela fez uma viagem à África, a convite do Domingão do Faustão para conhecer de perto o trabalho de uma ONG americana com órfãs. Acabou nos braços de Titi. “Foi um reencontro de almas, ficamos o dia todo juntas. Liguei para o Bruno e disse: ‘Encontrei minha filha’. Ele respondeu: ‘Então me sinto pai dela’.” Começaram imediatamente os trâmites para a adoção internacional, que precisava ser sigilosa. As únicas pessoas que sabiam do processo eram a prima de Bruno, Juliana Pedrosa, 40, e Deborah Ewbank, 59, mãe de Giovanna. “Minha filha saiu do Malawi e foi me encontrar na África do Sul. Ali já era outra pessoa: só falava na Titi”, diz Deborah. Foi com a prima Juliana que o pai conheceu a menina, um mês depois de Giovanna, ainda no abrigo. “O primeiro abraço foi de pai. Parece piegas, mas quem viu a cena sabe que é especial”, conta Juliana.
Foram mais de dez viagens a Lilongwe em um ano e meio, sempre na expectativa de trazê-la para casa. “O juiz malawiano ligava e tínhamos que sair do Brasil o mais rápido possível. Mesmo com o trabalho, largávamos tudo e voávamos para lá”, conta Giovanna. Como essas viagens eram secretas,  o casal usava algumas técnicas para despistar os curiosos, como, por exemplo, postar fotos nas redes sociais como se estivessem no Rio. Assim, ninguém desconfiaria do que se passava. “O quarto da Titi ficou pronto e trancado por um ano antes de sua chegada. Falávamos que estava em reforma”, diz Giovanna. “Foi um processo doloroso porque sabíamos que poderíamos dar melhores condições a nossa filha. O alimento lá era mingau”, lembra a mãe. “Eles jogavam o prato de comida no chão como se as crianças fossem cachorros”, recorda o pai.
O grande dia veio inesperadamente. O juiz chamou os dois para mais uma conversa e finalmente concedeu a guarda provisória. Teriam que morar em Lilongwe por três meses e foi o que fizeram. “Alugamos uma casa e vivemos dias deliciosos. Ouvimos Titi falar a primeira palavra, ‘flor’. Foi nossa licença-maternidade”, afirma a mãe. “Foi encantador ver Giovanna dando o primeiro banho na filha. Colocou-a na banheira ainda vestida, para não assustá-la. Tirou a roupinha aos poucos e limpou as unhas com uma escovinha com carinho e cuidado. Ali nasceu uma mãe”, diz Juliana.
No dia 8 de maio de 2016, Dia das Mães, a família aterrissou no Rio de Janeiro e Titi finalmente conheceu seu lar. “Ela chegou para unir ainda mais a família. Somos seres humanos melhores depois dela”, afirma Giovanna. O casal tentou manter a privacidade por alguns meses, até que o irmão da atriz publicou uma foto da sobrinha em seu Instagram, que virou notícia. “Acho que conseguimos nos blindar por um bom tempo. Queríamos que ela se sentisse bem em casa, antes do assédio da imprensa. Negamos muito até confirmarmos a adoção”, conta Giovanna. Esse cuidado permanece. Foram semanas de reuniões, conversas e dúvidas até que decidissem participar desta matéria. A única exigência da família foi não colocar Titi na capa. “Não queremos expor nossa filha dessa forma. Aceitaremos contar nossa história pela causa da adoção.”, disse firmemente Giovanna.
Os dois querem que ela mantenha ligação com o Malawi. “Pretendemos levá-la todo ano para lá”, afirma Bruno. A vida do casal, agora, está voltada para a filha, o que não exclui a ideia de aumentar a família “Queremos adotar mais um. Não sei se no Brasil ou fora. Para mim, o que menos importa é o local ou nascer dentro de mim ou não. A relação entre mãe e filho não é do corpo e sim da alma”, sintetiza Giovanna.


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