quarta-feira, 3 de maio de 2017

Deserto: lugar de crescimento e aprendizagem…

quarta-feira, 3 de maio de 2017
Acredito que seja comum nos sentirmos abandonados por Deus quando vivemos uma grande tribulação. Lógico que esse sentimento não é comum a todos, pois aqueles que são bem maduros espiritualmente enxergam as adversidades de outra forma.
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Há fases nas nossas vidas em que atravessamos desertos tão extensos que parecem não ter fim.

Desertos financeiros, emocionais, relacionais, na saúde, no casamento… dentre outros. Noites intermináveis de choro e insônia, dias de apatia e aperto na garganta. Por mais ensolarado que esteja dia, só enxergamos o tom cinzento, cor predominante em nossa alma. O nosso alimento predileto não tem sabor, aliás, tem sim, sabor de isopor. A nossa música predileta soa indiferente aos nossos ouvidos e esboçar um sorriso torna-se uma tarefa árdua, na realidade, não sorrimos, apenas expomos a nossa arcada dentária. Dobramos nossos joelhos na tentativa de uma oração, mas nenhuma palavra conseguimos balbuciar, então, as lágrimas falam por nós.
Não conseguimos orar, mas em pensamento, clamamos a Deus mais ou menos assim: ” Senhor, dói tanto, eu nem sei como te pedir ajuda… Senhor, está tão difícil, eu não estou dando conta… Senhor, até quando isso?”. Nos levantamos com a sensação de que Deus não nos ouviu.

O silêncio de Deus é tão perturbador. Em meio ao nosso deserto, não conseguimos perceber que o silêncio de Deus também é resposta. Em silêncio, Ele responde: “filho(a), espere, apenas confie, estou no controle de todas as coisas”!

E em silêncio, Deus está agindo. Ele coloca, em nossas vidas, alguém para orar por nós. Ele nos apresenta alguém para nos encaminhar para um médico super competente e humano. Só precisamos ter essa sensibilidade espiritual de não desistirmos, de não abandonarmos a fé. Acredito, que por vezes, as tribulações são estratégias de Deus para algum propósito que só compreenderemos tempos depois. Não raro, muitas pessoas abandonam a fé por estarem em tempos de bonança. Como se pensassem: se está tudo bem, por que vou orar”? E se distanciam de Deus, e se sentem autossuficientes. Então, as tribulações chegam para que não  se esqueçam de que em todo o tempo devem estar seguros na mão do Altíssimo. Os fases de bonança são para nos abençoar e não para nos afastarmos Dele.

O deserto é um lugar de tratamento espiritual, nele não teremos fartura, porém, teremos o suficiente para nos manter. O melhor do deserto é que Ele nos faz dependentes de Deus.

No deserto, somos reduzidos a nada, já que fora dele tendemos a nos sentir superiores. Nesse lugar tão árido, a humildade nos visita.
E a permanência nele será definida por Deus, que nos conhece perfeitamente e saberá o momento oportuno de nos levar aos pastos verdejantes.

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