É duro – e necessário – lembrar que no dia 27 de janeiro de 2013, um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, deixou 242 mortos, uma maioria de jovens universitários. Quatro anos se passaram e nenhum dos quatro réus pelo caso foi condenado de forma definitiva. São eles Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira. E não há previsão para o julgamento, entre adiamentos e recursos.
Por outro lado, sabe quem pode ser julgado antes dos responsáveis pela tragédia? Os pais das vítimas. Isso mesmo. Segundo informa o Zero Hora, Sérgio Silva e Flávio Silva, presidente e vice da associação de pais das vítimas do incêndio, afixaram cartazes com a foto do promotor Ricardo Lozza e o texto “O MP e seus promotores também sabiam que a boate estava funcionando de forma irregular”.
Lozza abriu processo contra os dois por calúnia e difamação. A conclusão desta ação não deve passar do primeiro semestre de 2017. O julgamento dos responsáveis pelas 242 mortes? Ninguém se atreve a cravar.
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