sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Uma reflexão sobre EMPATIA, RESPEITO e AMOR!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Ultimamente tenho pensado em quantos absurdos temos vivenciado. Em como passamos nossos dias dedicando tempo demais tentando agradar aos outros. Como passamos tempo demais em empregos que não gostamos; com pessoas que não nos fazem bem; cultivando coisas e relacionamentos que não nos fazem bem.
Vi uma notícia a respeito do caso do Sr. Dr. suspeito do estupro de 37 mulheres. Trinta e sete mulheres vulneráveis que o procuravam para realizar o sonho de sua vida, a maternidade. Trinta e sete mulheres que depositaram todas as suas expectativas, esperanças e confiança nessa experiência. No final das contas, dizia a notícia, o ilustre doutor seria acusado oficialmente de apenas um dos estupros! Um! Em que mundo isso é justiça?

Em que mundo a justiça esquece pessoas que, em momentos de profundo descontrole cometem atos de desespero, em celas imundas com outras que cometeram atos terrivelmente horrendos e magistralmente orquestrados; e por outro lado não mantém presos aqueles que desviam os fundos que deveriam ser destinados à educação, à saúde, moradia, segurança? Estou tentando entender porque o primeiro é preso a vida toda sem nenhuma dignidade, enquanto o segundo o máximo que tem é uma prisão domiciliar em uma mansão milionária comprada com dinheiro de impostos públicos.
Por que, numa crise econômica tão séria, estamos gastando milhões com jogos olímpicos enquanto tem gente pobre morrendo sem atendimento em hospitais; crianças sem escola, creche, alimento, casa, roupa, educação? Por que estamos desviando nossa atenção dos problemas que realmente importam? Não tenho absolutamente nada contra os jogos! Os atletas que me perdoem. Sei que para muitos esse é o grande momento de suas vidas.
Minha indignação é nossa facilidade em inverter as prioridades. Tenho absoluta convicção de que temos tudo para ser uma nação de primeiro mundo e super potência. Mas antes de esbanjarmos bilhões de reais que não temos com espetáculos dessa proporção, acredito que deveríamos arrumar a casa. E somente com a casa limpa, organizada, os filhos limpos, alimentados, educados, sadios e com todas as necessidades supridas, poderíamos fazer uma grande festa e receber as visitas.
Eu não quero inverter as coisas para depois que as visitas forem embora elas digam que fizemos uma festa linda, mas nossa casa tem muito o que arrumar. Como é o que acontece. Hoje, a imprensa internacional elogia nossa capacidade de receber e de organizar eventos desse porte, mas ressalta nossa incapacidade de manter a casa em ordem. Mostra que enquanto damos uma festa tão linda, nossos filhos estão famintos e doentes. Isso não me dá orgulho…
Voltando ao artigo da nossa colega citado ali acima, por que estamos invertendo os valores? Por que os culpados tornam-se vítima e as vítimas tornam-se culpados?
  • Desde quando eu tenho que me sentir culpada por cobrar do meu colega de trabalho um relatório que ele está me devendo?
  • Desde quando eu devo temer cobrar o cliente que não me paga?
  • Desde quando não podemos confirmar a assinatura de um contrato com um cliente? Afinal qualquer um precisa de planejamento! E se não posso confirmar uma assinatura de contrato, como é que posso me planejar????
  • Desde quando as relações humanas, comerciais e sociais ficaram tão cheias de “mimimi”?
Citando um exemplo bem recente e pessoal… Tenho uma regra pessoal de não me envolver com pessoas comprometidas; enroladas ou qualquer tipo de envolvimento com outra pessoa. Pois bem, após algumas tentativas frustradas, conheci esse carinha ótimo. Solteiro. Animado. Bem humorado. Tudo de bom. Começamos a sair. Estávamos nos conhecendo, curtindo, tudo ótimo. Ia me buscar e levar em casa. Só coisas boas.
Algumas poucas semanas de envolvimento, não nos encontramos no finde. Parêntese: tive uma sexta-feira péssima no trabalho e um final de semana daqueles. Segunda-feira, o gatinho chama no whats. Ah que delícia! Nada como começar a semana (depois de tanto bode) com uma mensagem do gato! Conversa vai, conversa vem e então o princípio do abismo…
Mensagem dele: “lembra quando eu disse que estava meio enrolado?”
Em minha cabeça: Oi??? Desde quando? Não sei de nada! Nunca me falou!!!!
Enfim, muitas mensagens e uma conversa depois o que sei é que no finde que eu estava curtindo bode em casa (o único que não passamos juntos), ele estava num revival com a ex. Ex essa que eu sequer sabia que existia. E do revival nasceu um novo relacionamento. E eu sobrei! Na sexta eu era a oficial, na segunda eu era nada!
Onde foi parar a empatia? Aquela coisinha que faz com que nos coloquemos no lugar do outro antes de tomarmos uma atitude que possa ofendê-lo? Me perguntei se fui dormir em um mundo onde deveria haver amor e respeito ao próximo e acordei nesse mundo louco e virado de cabeça para baixo. Infelizmente não! Infelizmente não era um sonho e eu não havia sido transportada para um mundo paralelo. Esse é o nosso mundo! Um mundo com falta de amor, respeito e empatia.
Porque quando amamos e respeitamos o nosso semelhante, nada do que descrevi acima acontece. Um médico que deveria ajudar mulheres a concretizar seus sonhos não tiraria vantagem de sua fragilidade para abusar-lhes sexualmente. Um cidadão que se apropria de bens alheios (públicos ou não), paga pelos seus crimes perante a sociedade que lesou, independente do dinheiro e/ou influência que possua, pois a mesma lei vale para todos. Um governo justo alimenta seus cidadãos e lhes dá condições dignas de vida, pois é para isso que os impostos são pagos. Num momento de crise, as prioridades são aqueles que sofrem à margem da sociedade; em lhes atender às necessidades.
Quando temos amor e respeito ao próximo, não nos importamos em ser cobrados por uma dívida se afinal ela é legítima; não nos ofendemos em confirmar a assinatura de um contrato com um prestador de serviço, pois este conta com nosso contrato assim como contamos com seu serviço.
Quando amamos o outro, pensamos antes de feri-lo; colocamo-nos em seu lugar.
Se eu estivesse nessa posição, eu gostaria de ser tratada de tal forma?
Como eu me sentiria se fizessem isso comigo?
Questões simples como essas nos impedem de causar ao outro aquilo que não desejamos a nós mesmos. Fazem com sejamos mais solidários, respeitosos e amáveis.
Infelizmente, a empatia é um valor raro nos dias atuais…. Cada um por si e deus por todos é o que reza o ditado.
Eu rezo para que em cada um de nós desperte novamente as sementes da empatia, do amor e do respeito ao próximo e para que Deus cuide-nos a todos!
Esse mundo louco e virado de cabeça para baixo ainda tem esperança e solução. Nós precisamos de amor! Nós precisamos amar! Amar e amar! Amar a tudo, a todos e fazer tudo com amor.
Deus nos abençoe e nos ensine a amar-nos como Ele nos amou.

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