O instinto materno pode ir além das nossas compreensões. O que mães são capazes de fazer quando seus filhos são colocados em risco é fora do normal. Não é de hoje que casos assim são retratados, mas o que essa mulher fez foi maravilhoso.
A costureira Maria Jerônima Campos, de 36 anos, pulou em um reservatório de água, localizado em Franca, para salvar o filho que estava se afogando.
Ela e os três filhos estavam buscando água no local devido a problemas que a cidade enfrentava nos canos de captação. Enquanto enchia as garrafas "pet" os filhos brincavam perto de um "poço" abandonado, onde, na verdade, deveria ser a garagem de um prédio.
Os meninos ficavam tentando pescar pequenos peixes no tanque, de 4 metros de profundidade, utilizando apenas garrafas de plástico e barbantes. Os animais foram colocados ali apenas na tentativa de evitar o mosquito da dengue.
Em uma das tentativas, um dos filhos de Jerônima, Gabriel, de 7 anos, caiu dentro do poço e foi aí que seu irmão gêmeo Daniel saiu correndo para pedir por ajuda.
Quando a mãe viu o que estava acontecendo saiu correndo e gritando. Sem pensar duas vezes, essa incrível mulher pulou na água para salvá-lo, sem saber ao menos nadar. Ela disse em entrevista ao jornal Comércio da Franca, que só pulou no tanque porque sentiu que aquela seria a única maneira de salvar o menino.
"Tinha que pular, era o único jeito de salvar meu filho. Aquilo está horrível", afirmou ao jornal.
Além de ter a água suja, o local estava cheio de pedaços de ferro enferrujados, mas nada foi capaz de impedir que a mãe fizesse o ato de heroísmo.
Então, ela o agarrou pela cintura e tentou se segurar em um dos ferros que estava por lá. Vendo essa cena, o motorista Wilson Batista de Moura resolveu ajudar e começou a puxar o menino para cima. O homem e mais outro, que aguardava para levar água, ajudaram a retirar Gabriel e a mãe do poço.
Depois de resgatado, o menino chegou a desmaiar e foi levado pela ambulância da Defesa Civil ao Pronto-Socorro Infantil da cidade. Chegando lá, ele foi submetido a um raio-x do pulmão e o resultado mostrou que estava tudo bem.
Gabriel ficou apenas com alguns arranhões no rosto e no pescoço devido às barras de ferro, se tratou com antibióticos para não ter risco de infecção e agora passa bem. Depois do acidente, a Defesa Civil interditou a construção que está inacabada há anos.
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