Ninguém tenta ser perfeito. Os dois são humanos, autênticos, sem máscaras polidas. Ela chora e mancha-se toda de rímel e ele ri-se porque o filme não era tão comovente assim, mas abraça-a e diz que até a chorar ela é linda.
Ele acorda ao meio dia, com o cabelo todo despenteado e os olhos cansados como quem não dormiu, mas ela faz-lhe um pequeno almoço completo, para o ver cheio de energias outra vez.
Ele já a viu nua, a chorar, bêbada, irritada, comovida, entusiasmada, de cara lavada e cheia de maquilhagem. Mas ama-a porque é ela.
Ela já o viu no fundo do poço, desiludido com a vida. Mesmo assim, decidiu ser vidente, olhá-lo nos olhos e dizer: “daqui a pouco estamos a rir-nos como loucos e já esqueceste o assunto.”
Um casal é mais que uma sociedade, para o melhor e para o pior. São melhores amigos, têm discussões, opiniões diferentes, podem até fazer piadas um do outro. Encontraram-se porque estava na hora.
Estava na hora de dizer tudo, conversar sobre qualquer coisa, revelar sonhos e objetivos, sem qualquer resguardo ou julgamento.
Estava já na altura de passar as noites a rir, aquele riso que vem inesperadamente, que lava a alma e limpa a mente.
Uma relação perfeita é aquela em que os dois são ainda mais do que melhores amigos. São uma espécie de…parceiros cósmicos. Sabem que o amor é simples, fácil, que é natural dar e receber felicidade.
Entendem que dramas e futilidades são coisas demasiado terrenas para condizerem com um amor fora deste mundo.
Quando se sentem mal, não culpam a ninguém, muito menos um ao outro.
Não são o exemplo de beleza que o Mundo exige, não tiram fotos para mostrar quão bem se dão um com o outro, não têm as melhores feições ou melhor corpo, nem precisam.
Começaram a namorar sem expectativas, mas com certezas. Sabiam que como quer que as coisas corressem, que iam viver um dia de cada vez e ser felizes com eles próprios, e isso ia resultar num convívio de harmonia constante.
Porque quando tu próprio és amor, da maneira que bem entenderes, atrais alguém que complementa a tua maneira de amar.
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