quinta-feira, 11 de agosto de 2016

HÁ ALGUM TEMPO OBSERVO O QUANTO AS PESSOAS SE SUBMETEM A UM NÍVEL DE SOFRIMENTO, ‘’EM NOME DO AMOR’’…

quinta-feira, 11 de agosto de 2016
O sentimento “Amor” para mim é sinônimo de libertação, leveza. Mas confesso que há algum tempo observo o quanto as pessoas se submetem a um nível de sofrimento em nome desse amor. Se diz amar, mas só ressalta os defeitos do outro. Vive uma relação que não aprecia o formato e está sempre ditando regras que justifiquem a mudança que ela espera na relação bem como no parceiro. É sabido que ninguém muda uma pessoa se esta não quiser mudar.
Esta postura me faz refletir se este amor que deve ser vivido de maneira leve, saudável independente das diferenças, ao invés de libertar não escraviza algumas pessoas que perdem tempo com discursos e atitudes falidas, quando deveriam exercitar a prática do amor que consiste na capacidade de se sensibilizar com a singularidade do outro.

Certas posturas me fazem também pensar se o amor propagado na realidade não é apego ou o desejo ilusório de poder controlar o outro. “O poder embrutece sua sensibilidade”. E quanto ao desejo já disse Buda: “O mundo está cheio de dor, que gera sofrimento. A raiz do sofrimento é o desejo. Se queremos nos livrar desse tipo de dor, temos que erradicar o desejo”.
Quem fica voltado para a necessidade de mudar a outra pessoa não presta atenção nas suas limitações, fragilidades, medos, apegos, bloqueios e consequentemente não ama a pessoa real, nem consegue interagir com as diferenças, já que vive em um mundo criado por ela e que julga ser o perfeito o ideal.  Quem não conhece a si mesmo não pode conhecer os outros. Santa Tereza dizia: “Se este homem não fosse tão santo seria bem fácil convencê-lo de que está enganado”.
Portanto, se busca a perfeição encontre o amor na sua totalidade regado de leveza, respeito e consciente de que qualquer mudança começa de dentro para fora e por cada Ser individual. Os opostos não se atraem se completam.
BETE FREITAS

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