domingo, 31 de julho de 2016

Até Quando Aguentar?

domingo, 31 de julho de 2016
Por que términos de relacionamento são ruins? Por que essa reputação? Bom, pode parecer meio sem sentido essa pergunta né? Talvez a resposta seja algo similar a perguntar a qualquer criança “por que espinafre é ruim?”. É lógico que ninguém começa um relacionamento pensando no término. E a angustia do término traz à tona sentimentos de frustração e tristeza. Mas esse é apenas um lado da moeda. O outro lado tem a ver com você estar livre para investir seus recursos, principalmente seu tempo em qualquer outra coisa que te faça bem e que te mantenha longe desse relacionamento acabado. Investir suas energias em si mesmo, suas paixões e projetos pessoais.
Se eu acreditasse em sorte, me consideraria um cara extremamente sortudo de ter vivido os relacionamentos que vivi; que me trouxeram onde estou, além de expertise no assunto e uma visão mais abrangente sobre o porquê e como “uma pessoa fica com a outra”. Nesse grande (e infinito) processo de aprendizagem, refleti muito sobre o porquê de “uma pessoa NÃO ficar com a outra” – e são inúmeras razões; uma mais particular que a outra!
É incrível a quantidade de livros de auto-ajuda e terapias voltadas a ajudar pessoas e casais a “consertarem” seus relacionamentos. Por isso faz sentido para mim que deve-se escolher o parceiro “certo” antes de entrar de cabeça no relacionamento.
É importante entender e estar atento às dinâmicas interpessoais ideais – e com isso eu quero dizer, compatibilidade de personalidades e objetivos igualmente compatíveis e/ou complementares. É incrível como as coisas fluem naturalmente (e de forma duradoura) quando a coisa é construída dessa maneira logo de início. É realmente mágico. (Sabe aquele beijo que simplesmente acontece numa explosão interpessoal e vai acontecendo sem hora ou motivo para terminar… Tudo ao redor perde completamente a importância? Você nem ouve a música que está tocando ou quem está ao seu redor. Aquele papo que flui, flui… flui. A hora passa sem sentir… Aquele frio na barriga. A emoção de descobrir um pouco mais sobre essa outra pessoa e a satisfação de fazer parte pelo menos nesse momento, da vida dela.)

Tá… Mas relacionamentos vão muito mais além e são muito mais complexos do que uma “ficada” incrível e uma noite explosiva. Com certeza. Sem dúvida – embora todo meu estudo sobre os estágios de escalonamento das relações; comece com a atração inicial que não é uma escolha consciente e que acontece de forma rápida (e… de preferência incrível)!
A verdade é que a mulher (ou homem) dos seus sonhos pode estar EM QUALQUER LUGAR. Na padaria comendo um croissant despretensiosamente, tomando um shot de tequila numa balada doida, passeando com o cachorrinho numa manhã de domingo ou sendo o seu próximo match no Tinder. Não deixe de acreditar que por trás de qualquer interação, pode existir “algo a mais”. Não tenha medo de gostar das pessoas. Todas Elas. Não se envergonhe por sentir se atraído a Elas.
Divirta-se em toda e qualquer interação. O mindset tem que ser: “eu quero me divertir” essa tem que ser a intenção por traz de suas interações sociais. Você deve cultivar uma intenção genuina de “conhecer” outras pessoas – de forma curiosa… conhecer o que há de fantástico nessas “outras” pessoas. Treine a tirar o foco de si mesmo e transferi-lo às outras pessoas.
Fazer a transição de “apenas ficando” para um relacionamento sério com alguém é como andar por um campo minado. Mais especificamente; é como andar por um campo minado invisível coberto com arame farpado repleto de cobras venenosas – também invisíveis. Em outras palavras, essa transição é difícil e existem inúmeras oportunidades para que a coisa toda exploda na sua cara; porém, com um pouco de esforço e minha ajuda como Coach de Relacionamentos, você conseguirá navegar por essa fase com mais facilidade. Encorajo-o a fazer contato por e-mail ou interagindo em nossa página doFacebook – e que os insights o ajudem a determinar se a garota com quem você está saindo é sua garota dos sonhos – e como fazer de forma saudável a transição para um relacionamento sério.
E se virar algo a mais?
Show! Invista… Mergulhe de cabeça…
Mas… É lamentável que, à vezes, até mesmo as relações mais doces, azedam. Mesmo que não possamos compreender a princípio; sempre existe uma razão por traz disso. Na verdade, existem inúmeras razões pelas quais um bom relacionamento possa desandar.
Você pode ter nutrido discussões sem sentido ou ambos se distanciaram e a coisa toda ficou nebulosa e então já não havia uma relação mais.
Em situações como essa, parceiros magoados geralmente não têm a sensibilidade emocional necessária para lidar com o outro; e acabam fazendo o oposto do que deveriam fazer.
Homens tendem a agir através da “lógica”, racionalmente enquanto mulheres agem como gostariam que o outro agisse com elas e apelam para o emocional como se não houvesse mais um chão para pisar.
Bom, se você chegar na palavra aguentar, já passou do ponto, colega. Um relacionamento nunca pode chegar na fase aguentar… Entende? Infelizmente nem todo relacionamento é pra sempre. A minoria é. Isso não quer dizer que você não terá um final feliz, acredito mesmo que terá, mas no meio do caminho existirão curvas, pedras e vontade de desistir, mas até que ponto?

Até que ponto são capazes de cultivar e tentar segurar uma coisa quando milhares de outras estão lhe explodindo em sofrimento? Até que ponto o amor aguenta tudo sozinho? Garanto, não é por tempo indeterminado. Um coração machucado pode ainda ser esperançoso, mas caso as coisas continuem sob pressão e que coração ainda esteja lá, firme, não estará pulsando como antes, e aí é onde mora o perigo, a desistência, o desânimo e perda de interesse…
Mas, vamos do começo… Por que falar sobre isso? Por que tenho visto ultimamente, e até mesmo analisando meus relacionamentos passados que, chega um momento que você começa e arrastar o relacionamento e de uma coisa prazerosa vira um peso que você passa a aguentar por diversas razões. Mas por que fazer isso com você?
Bom, já ouvi diversas respostas, uns dizem porque amo (mesmo sem amar de fato), outros porque vamos casar (oi? Você está fazendo isso errado), e alguns porque já estamos muito tempo juntos, porque sim, porque, porque, porque… Percebo que lutamos por memórias que ainda nos restam… Memórias de um tempo bom. Memórias de sorrisos, frios na barriga, graças e apertos de felicidade! Mas e quando você percebe que esses momentos são assim, como menos da metade do total? Não vale a pena!
E não vale e nem nunca vai valer a pena viver fazendo de tudo, viver lutando, viver deixando tudo de lado, viver planejando sonhos e montando dias para alguém que está claramente preocupado em montar um museu do que já passou e ficar observando, procurando erros, apontando defeitos, parado no tempo ou pior, voltando no tempo. O tempo passa e os que se deixam levar ficam para trás, ficam para contar história do que viu passar.
Pois, até quando o passado vale a pena ser vivido? Um passado que, muitas vezes, não nos pertence… Mas que as pessoas têm o hábito de remoer porque são covardes e têm medo de não conseguirem superar, fazer o presente valer a pena.
Entenda que esperança cega é incapaz de resgatar a pessoa que causa mal-estar em você. Se ela chegou tão longe, será capaz de ir ainda mais. Não subestime o poder de um cenário ruim se tornar pior.
Melhor momento para interromper um fluxo de sofrimento: agora.
O critério de suportabilidade de dor para muitas pessoas pode ser levada ao infinito; quanto mais sofrem mais são capazes de aguentar sofrimento. Logo, a decisão de romper com certas prisões não é aguardar o ponto limite da falência das forças emocionais, físicas e morais, mas sair enquanto existe vida, vigor e brilho nos olhos. Essa é a sacada!
O que normalmente acontece é que quando uma pessoa constata que vive uma relação ruim ela alega: “na hora que chegar no meu limite eu saio desse relacionamento”. Mas existe um fato curioso que ocorre nesse tipo de ligação; o senso de autoestima vai se deteriorando.
As se pessoas esquecem de quais são os reais motivos de estar ao lado de alguém. Assim como sair pela porta, ficar é uma escolha. E deve ser uma escolha diária e consciente e que é para se sentir um sortudo todos os segundos, hoje, amanhã, daqui cinquenta anos e não apenas nas datas especiais. A gente fica junto porque gosta da paz e do tormento que o outro provoca, da intimidade que só aumentou ao longo da convivência, do sexo que se tornou prazeroso, porque existe respeito mútuo e uma compreensão mais acurado dos defeitos do outro. Qualquer razão que caia longe dessas premissas simplesmente não é um motivo para se estar ao lado de alguém. Mais importante do que aprender a ficar sozinho, é aprender quando uma história, por mais linda que seja, já chegou ao fim. E parar de acreditar na ideia errada de que foram muitos anos de vida perdidos ao lado de uma mesma pessoa. Muita coisa se ganhou, inclusive o discernimento para entender que continuar talvez não seja a melhor opção para a vivência de ambos.
Vai ser difícil sim, vai apertar peito sim, vai dar vontade de jogar tudo pro alto e voltar atrás sim, mas passa. A gente sabe que passa. O que não passa é o arrependimento de permanecer anos a fio ao lado de alguém, sendo que o passarinho do amor já bateu as asas livre para um novo acaso faz tempo.

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