sexta-feira, 17 de março de 2017

Pai do ano: gari que criou filha sozinho a forma em medicina

sexta-feira, 17 de março de 2017

O gari Tales Pereira nem sempre teve uma vida fácil, mas isso não o impediu de ser o melhor ser humano possível e nos inspirar com sua história

Um gari que foi pai e mãe, realizou o grande sonho de formar a filha em medicina, com o suor do seu trabalho limpando as ruas de Goiânia.
Tales Pereira sempre se esforçou para garantir a melhor educação possível para a filha, Aline de Castro Pereira, de 26 anos.
Hoje, os dois colhem juntos o fruto de tanta dedicação. A jovem hoje é médica e credita ao pai a maior parte do mérito da realização desse sonho.
No convite para a formatura, a foto com o pai tem destaque especial, com uma dedicatória:
“Ao meu pai, agradeço profundamente por ter vivido cada dia comigo, se desdobrando para ajudar a cumprir minhas obrigações e se preocupando com meu bem estar e me amparando com as mais diversas formas de amor. Você é meu maior exemplo de luta e determinação para vencer na vida”, diz o texto.
O carinho deixa o gari emocionado. “É muito emocionante. A gente fica todo derrubado. Fiz minha parte e ajudei. Agora ela vai colher os frutos. Ela é uma joia. Para chegar onde chegou, é uma guerreira”, elogia.
Pai e mãe
Tales teve de criar a filha sozinho, porque a mãe de Aline morreu quando ela ainda era criança, vítima de câncer no estômago.
A doença motivou o desejo da jovem pela carreira médica, que pretende se especializar em gastroenteorologia.
Colégio particular
Durante todo o ensino médio, a jovem estudou em colégio particular, bancado pelo pai.
“Quando ela começou a estudar, a minha esposa colocou ela no jardim em um colégio particular. A mãe dela adoeceu, faleceu e eu não tirei. Era uma escola boa, católica e ela ficou lá até o final do ensino médio, então ela teve uma base boa. Ela é guerreira”, disse Tales.
O resultado veio com aprovação em três vestibulares: Escola Superior de Ciências da Saúde, no DF, Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Universidade Federal de Goiás (UFG), onde fez o curso.
Ela se recorda do momento em que soube da aprovação. “Ele [pai] ficou na expectativa com um radinho de pilha, à moda antiga, esperando sair a lista. Quando eu vi na internet, foi muita emoção”, lembra.
Depois que sua filha se formou, ela começou a ajudar seu pai já com o primeiro salário

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