segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Padrasto é preso 11 anos após ter estuprado enteada dos 10 aos 17

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017


 Na última semana, o padrasto de uma jovem de 28 anos foi preso em São Paulo por estuprar a enteada dos 10 aos 17 anos de idade. A jovem conseguiu fazer a denúncia 11 anos após os abusos e ele acabou preso por estupro de vulnerável.

Segundo a lei Joanna Maranhão, criada em 2012, após a CPI da Pedofilia, a contagem do tempo para a prescrição de um crime como tal só começa a valer após a vítima completar 18 anos e o prazo pode chegar até 20 anos.

Em depoimento feito à delegada Kelly Cristina, do DHPP, e divulgado pelo SPTV, a jovem deu detalhes do ocorrido.

“Meu padrasto sempre foi muito agressivo e violento. Ele já bateu muito em mim e na minha mãe. Uma vez, deu uma facada nela, mas a minha mãe não foi para o hospital, nem chamou a polícia por medo dele”, começou dizendo.

“Quando eu fiz dez anos de idade, ele diminuiu as agressões e começou a ser mais carinhoso. Pedia para eu sentar no colo dele e passava a mão em mim. Depois, me ameaçava. Falava que se eu contasse para alguém, eu teria que ir embora. Quando eu tinha 12 anos, ele começou a me obrigar a ter relações com ele, quando minha mãe saí para trabalhar era assim toda semana.”

Em seguida, a jovem revelou ter engravidado do padrasto na época, mas ter sido obrigada por ele a mentir sobre a paternidade.

“Com 13 anos, eu engravidei. Meu padrasto me deu um chá abortivo, mas não funcionou. Então, ele me fez contar para família que o pai da criança era um menino, que eu conheci no caminho da escola. Ele disse até que ia procurar o garoto para conversar e voltou para casa dizendo que o garoto tinha mudado de cidade. Quando meu filho nasceu, meu padrasto e minha mãe falaram para os parentes e vizinhos que eles tinham adotado aquele bebê. Meu filho cresceu chamando a avó dele de mãe e eu de irmã. Mas os abusos não acabaram, seis meses depois de dar à luz, meu padrasto começou a me obrigar a ter relações de novo. Falava que se eu me negasse, ele ia deixar meu filho passar fome.”

Além da violência sexual, a garota sofreu por anos de outros tipos de agressões físicas. “Uma vez, ele me bateu com uma chave de fenda e deixou uma cicatriz. Eu não aguentava mais aquilo e com 17 anos, arrumei um emprego e saí de casa. Meu filho continuou com eles. Faz um ano que eu contei a verdade para minha mãe, meu filho também soube de tudo.” Ao saber dos abusos sofridos pela mãe, o garoto decidiu ficar do lado dela.



http://revistamarieclaire.globo.com/Noticias/noticia/2017/01/padrasto-e-preso-11-anos-apos-ter-estuprado-enteada-dos-10-aos-17.html

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